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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Como desenvolvedores LGBTQ estão abordando a diversidade de gêneros e orientações sexuais no mundo dos videogames

GAMES

queer gaming
Basta observar a variedade de estilos e títulos de games disponíveis no mercado para perceber que o público consumidor de jogos digitais é muito diverso. Porém, mesmo assim, a produção de jogos digitais para o grande mercado consumidor ainda é extremamente limitada na representação de personagens que vão além do estereótipo do herói heterossexual. No entanto, com a distribuição digital e o fortalecimento da cena independente de games, um grupo de desenvolvedores está trazendo as questões de diversidade para os jogos.
Chamado de Cena Queer dos Games, esse movimento começou a aparecer por volta de 2010 em fóruns e plataformas independentes de distribuição digital, quando alguns desenvolvedores começaram a divulgar jogos em que suas experiências como pessoas queer (termo que em tradução literal do inglês quer dizer “estranho”, usado para pessoas que de alguma forma não se encaixem nas normas de gênero e orientação sexual, como trans e homossexuais). Os games queer usam elementos de jogabilidade e design para transmitir a sensação de ser uma pessoa LGBTQ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e queers) em nossa sociedade.
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Refletindo a tendência internacional, desenvolvedores independentes também estão abordando a temática LGBTQ em games produzidos na América Latina. No Brasil, além de comunidades que organizam eventos e discussões sobre o tema, há profissionais como o game designer e drag queen Henrique Oliveira, que cria jogos protagonizados pela sua persona drag Amanda Sparks.

Henrique criou a desenvolvedora AmandApps, responsável por jogos inspirados no universo gay e cheios de referências características da cultura drag queen (de gírias a citações ao reality show RuPaul’s Drag Race), como The Shade Forest, em que Amanda deve desviar de ataques homofóbicos e derrotar inimigos que usam falas preconceituosas para enfraquecer a heroína. Além de criar e protagonizar os próprios games, Amanda Sparks tem também o canal DRAGeek, onde faz gameplays e análises de jogos, sempre bem-humoradas e com foco no público LGBTQ.

As redes sociais são parte essencial da manutenção e crescimento da cena queer gamer em outros países da América Latina, organizando eventos paralelos e movimentando fãs e desenvolvedores fora dos grandes centros da indústria. Atualmente, existem em diversos países iniciativas como a Gaymer México, que possui um site, um grupo no Facebookum perfil no Twitter e um canal no YouTube, todos dedicados a organizar eventos e manter um ambiente saudável para o público LGBTQ mexicano. O grupo também produz conteúdo gamer focado em diversidade como gameplays, listas e análises em vídeo.
queer gaming
Toda esta movimentação em torno da discussão da representatividade LGBTQ já vem chamando a atenção de quem produz games comerciais voltados ao grande público. Jogos de grandes franquias e faturamento como Mortal Kombat XDragon Age: InquisitionMass Effect e The Last of Us são exemplos recentes de como a indústria começou a enxergar o potencial narrativo em uma diversidade maior de histórias.


Por iq.intel.com.br
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